Nem sempre o mar sugará os sonhos
Nem sempre a escuridão tragará o dia.
Lancemos os sonhos ao largo
Até que a vista não alcance!
Serão canoas a dançar nas ondas
Serão luas, serão vento
Num vaivém de marés.
Pintemos a escuridão
Com as cores da aurora clara
Prenúncio de um dia quente!
Soltemos os pássaros aprisionados
Que nos povoam a alma!
Seremos brisas, seremos vento
Num vaivém de amanheceres.
Acerca de mim
- Adelaide Monteiro
- Sintra/Miranda do Douro, Portugal
- Gosto de pintar,de escrever e de fazer trabalhos manuais.Sou simples e verdadeira. Tenho que pôr paixão naquilo que faço, caso contrário fico com tédio. Ensinar, foi para mim uma paixão; escrever e pintar, continua a sê-lo. Sou sensível e sofro com as injustiças do Mundo. A minha primeira língua foi o Mirandês. Escrevo nessa língua no blog da minha aldeia Especiosa em, http://especiosameuamor.blogspot.com em Cachoneira de Letras de la Speciosa e no Froles mirandesas.
terça-feira, 31 de maio de 2011
segunda-feira, 9 de maio de 2011
Bebendo a brisa do entardecer
...
Se ao menos pudesses ouvir o canto dos suspiros
De ansiedade para ancorar no cais
Se ao menos as tuas mãos sentissem a minhas
Doridas as minhas mãos, agonizando em ais
Se ao menos tu sentisses os abraços
Guardados no silêncio dum refúgio
Se ao menos os teus passos
Seguíssem os meus passos
Sem desculpa de cansaço ou subterfúgio
Se ao menos veredas eu pudesse inventar
Para os espinhos não cortarem as palavras
Se ao menos eu pudesse segurar
O orvalho de frescas madrugadas
Deglutido por um outono a ameaçar
As mãos
Os braços
O cais em derrocadas
Se ao menos eu soubesse beber
Sorvendo
Na despedida dum sol que sempre volta
A brisa leve do entardecer...
Se ao menos pudesses ouvir o canto dos suspiros
De ansiedade para ancorar no cais
Se ao menos as tuas mãos sentissem a minhas
Doridas as minhas mãos, agonizando em ais
Se ao menos tu sentisses os abraços
Guardados no silêncio dum refúgio
Se ao menos os teus passos
Seguíssem os meus passos
Sem desculpa de cansaço ou subterfúgio
Se ao menos veredas eu pudesse inventar
Para os espinhos não cortarem as palavras
Se ao menos eu pudesse segurar
O orvalho de frescas madrugadas
Deglutido por um outono a ameaçar
As mãos
Os braços
O cais em derrocadas
Se ao menos eu soubesse beber
Sorvendo
Na despedida dum sol que sempre volta
A brisa leve do entardecer...
sábado, 7 de maio de 2011
De Clarice Linspector- O português é belo
Não te amo mais.
Estarei mentindo dizendo que
Ainda te quero como sempre quis.
Tenho certeza que
Nada foi em vão.
Sinto dentro de mim que
Você não significa nada.
Não poderia dizer jamais que
Alimento um grande amor.
Sinto cada vez mais que
Já te esqueci!
E jamais usarei a frase
EU TE AMO!
Sinto, mas tenho que dizer a verdade
É tarde demais...
------------------------------------------
Sintam a genialidade da poetisa, Leiam o poema de cima a baixo e de baixo a cima.
Estarei mentindo dizendo que
Ainda te quero como sempre quis.
Tenho certeza que
Nada foi em vão.
Sinto dentro de mim que
Você não significa nada.
Não poderia dizer jamais que
Alimento um grande amor.
Sinto cada vez mais que
Já te esqueci!
E jamais usarei a frase
EU TE AMO!
Sinto, mas tenho que dizer a verdade
É tarde demais...
------------------------------------------
Sintam a genialidade da poetisa, Leiam o poema de cima a baixo e de baixo a cima.
segunda-feira, 2 de maio de 2011
Eis que camões...
Eis que Camões se levantou da campa
E ao país Luso ele enfim chegou
Desiludido por ver tanta trampa
Em vez dos feitos que tão bem cantou
A história que fazeis ao mundo desencanta
Disse com emoção na voz que se lh´embargou
Vou refazer meus versos com a minha mão
Por ver o resultado da vil transformação.
Adelaide Monteiro
(Não sei quem é o autor dos versos que se seguem, mas não resisto e vou publicá-los)
As sarnas de barões todos inchados
Eleitos pela plebe lusitana
Que agora se encontram instalados
Fazendo aquilo que lhes dá na real gana
Nos seus poleiros bem engalanados,
Mais do que permite a decência humana,
Olvidam-se de quanto proclamaram
Em campanhas com que nos enganaram!
II
E também as jogadas habilidosas
Daqueles tais que foram dilatando
Contas bancárias ignominiosas,
Do Minho ao Algarve tudo devastando,
Guardam para si as coisas valiosas.
Desprezam quem de fome vai chorando!
Gritando levarei, se tiver arte,
Esta falta de vergonha a toda a parte!
III
Falem da crise grega todo o ano!
E das aflições que à Europa deram;
Calem-se aqueles que por engano
Votaram no refugo que elegeram!
Que a mim mete-me nojo o peito ufano
De crápulas que só enriqueceram
Com a prática de trafulhice tanta
Que"ainda andarem à solta, só me espanta.
IV
E vós, ninfas do Coura onde eu nado
Por quem sempre senti carinho ardente
Não me deixeis agora abandonado
E concedei engenho à minha mente,
De modo a que possa, convosco ao lado,
Desmascarar de forma eloquente
Aqueles que já têm no seu gene
A besta horrível do poder perene!
E mais outro: Um poema da "mente", só/mente!
POEMA da "MENTE"...
Há um Ministro que mente...
Mente de corpo e alma, completa/mente.
E mente de modo tão pungente
Que a gente acha que ele mente, sincera/mente.
Mas mente, sobretudo, impune/mente...
Indecente/mente.
E mente tão habitual/mente, tão hábil/mente,
Que acha que, história afora, enquanto mente,
Nos vai enganar eterna/mente.
E ao país Luso ele enfim chegou
Desiludido por ver tanta trampa
Em vez dos feitos que tão bem cantou
A história que fazeis ao mundo desencanta
Disse com emoção na voz que se lh´embargou
Vou refazer meus versos com a minha mão
Por ver o resultado da vil transformação.
Adelaide Monteiro
(Não sei quem é o autor dos versos que se seguem, mas não resisto e vou publicá-los)
As sarnas de barões todos inchados
Eleitos pela plebe lusitana
Que agora se encontram instalados
Fazendo aquilo que lhes dá na real gana
Nos seus poleiros bem engalanados,
Mais do que permite a decência humana,
Olvidam-se de quanto proclamaram
Em campanhas com que nos enganaram!
II
E também as jogadas habilidosas
Daqueles tais que foram dilatando
Contas bancárias ignominiosas,
Do Minho ao Algarve tudo devastando,
Guardam para si as coisas valiosas.
Desprezam quem de fome vai chorando!
Gritando levarei, se tiver arte,
Esta falta de vergonha a toda a parte!
III
Falem da crise grega todo o ano!
E das aflições que à Europa deram;
Calem-se aqueles que por engano
Votaram no refugo que elegeram!
Que a mim mete-me nojo o peito ufano
De crápulas que só enriqueceram
Com a prática de trafulhice tanta
Que"ainda andarem à solta, só me espanta.
IV
E vós, ninfas do Coura onde eu nado
Por quem sempre senti carinho ardente
Não me deixeis agora abandonado
E concedei engenho à minha mente,
De modo a que possa, convosco ao lado,
Desmascarar de forma eloquente
Aqueles que já têm no seu gene
A besta horrível do poder perene!
E mais outro: Um poema da "mente", só/mente!
POEMA da "MENTE"...
Há um Ministro que mente...
Mente de corpo e alma, completa/mente.
E mente de modo tão pungente
Que a gente acha que ele mente, sincera/mente.
Mas mente, sobretudo, impune/mente...
Indecente/mente.
E mente tão habitual/mente, tão hábil/mente,
Que acha que, história afora, enquanto mente,
Nos vai enganar eterna/mente.
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