
De olhar triste e fixo
Olhas o horizonte
Mas para além das tuas penas
Nada vislumbras.
Olhas para ti
mas o que vês
não te pertence.
Gaivota solitária
Que habitas o mastro
De um barco à deriva no mar
Reage
E voa para aquele rochedo!
Não vês que vais naufragar
Nesse mar imenso
Que te tragará
E que depressa te lançará
Nas ondas, a flutuar?
Vai gaivota!
Sai dessa inércia de morte
Não te entregues à tua sorte
Pesca, come, ganha coragem
Deixa o mastro
Parte em viagem!
Voa gaivota!
Rasga o oceano, pára num coral
Olha as águas de puro cristal.
Vai para aquela praia
De águas mansas
Onde brincam crianças
Que te esperam, no areal.
Canta gaivota!
Canta com a tua voz rouca
E bate as asas com força
Vai a terra, volta ao mar.
Vai gaivota!
Vai com as crianças sonhar!
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