Talvez um dia eu vá
como se estivesse perto,
aonde em sonhos mitigo
as sedes de longo deserto.
Talvez um dia eu encontre
o que deixei soluçando.
Talvez depois eu te conte
o que solucei deixando.
Talvez um dia eu abrace
o que ao longe eu abracei,
envolvendo-me em teus cabelos,
nas tuas águas nadei.
Talves um dia eu vá
comer da terra vermelha
como chama de alimento
para esta paixão acesa.
Talvez um dia eu entre
nos teus frondosos mangais
talvez eu escreva poemas
em papiros dos pantanais.
Este talvez é certeza
que no peito me pulsa firme
pois nunca será incerto
um querer assaz sublime.
Acerca de mim
- Adelaide Monteiro
- Sintra/Miranda do Douro, Portugal
- Gosto de pintar,de escrever e de fazer trabalhos manuais.Sou simples e verdadeira. Tenho que pôr paixão naquilo que faço, caso contrário fico com tédio. Ensinar, foi para mim uma paixão; escrever e pintar, continua a sê-lo. Sou sensível e sofro com as injustiças do Mundo. A minha primeira língua foi o Mirandês. Escrevo nessa língua no blog da minha aldeia Especiosa em, http://especiosameuamor.blogspot.com em Cachoneira de Letras de la Speciosa e no Froles mirandesas.
segunda-feira, 18 de outubro de 2010
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Adelaide: Talvez um dia seja isso tudo o que desjas, muito lindo e sublime.
ResponderEliminarBeijos
Santa Cruz
Há sítios que deixam marcas vincadas, não só pelos lugares em si com todos os seus encantos, mas também pela idade em que essas vivências se processaram. Africa e mais propriamente Moçambique, foi um deles. Os cheiros, a terra escaldante e as trovoadas, a água que caía e se evaporava do nosso corpo e da terra, mal deixava de cair em cima, e caía toda, porque o guarda chuva era utensílio não usado; os sons de música africana que me chegavam do Bairro Xipangara ali perto, ao fim de semana; os sons da noite no meio do mato com uma espingarda e um foco na testa para focar o leopardo, os antílopes e os coelhos no descampado... Tudo, tudo...
ResponderEliminarE depois, tive um pai que me levou até ao coração doutras Áfricas, (o Sudão, a República Centro Africana, o Congo) atravez das inúmeras histórias que contava, da sua vida de caçador guia de safaris.
Mesmo que nunca mais vá a África, estou lá muitas vezes com imagens já um pouco desfocadas e difusas, mas quiçá mais belas que efectivamente são na realidade, porque os sonhos têm o previlégio de enaltecer o que já por si é belo.
Obrigada pelos seus comentários a que nem sempre respondo, mas com este, por ser tão longo, me redimo.
Um beijinho,
Adelaide