Eram altas madrugadas
e a noite tremia
fria nas tuas mãos
e das minhas
um corpo em cascata
feita céu descia.
e a noite tremia
fria nas tuas mãos
e das minhas
um corpo em cascata
feita céu descia.
Os dedos!...
Os dedos mexiam
segurando a noite
madrugada fora
e ao romper da aurora
os dedos cansados
bendiziam o dia.
Os dedos mexiam
segurando a noite
madrugada fora
e ao romper da aurora
os dedos cansados
bendiziam o dia.
Despontava o dia na ponta dos versos
e os dedos travessos
como que a levitar
levantavam as estrelas
que pressentindo o dia
no céu recolhiam
e, de pálpebras pesadas,
fechavam os olhos
para se irem deitar.
e os dedos travessos
como que a levitar
levantavam as estrelas
que pressentindo o dia
no céu recolhiam
e, de pálpebras pesadas,
fechavam os olhos
para se irem deitar.
Dormiam as estrelas
mas sempre reacendiam…
mas sempre reacendiam…
Preparam-se madrugadas
na ponta dos dedos,
e acordam as estrelas
no seu cintilar
e na ponta dos versos
adormece a noite
empurrando os dedos
para seu versejar.
na ponta dos dedos,
e acordam as estrelas
no seu cintilar
e na ponta dos versos
adormece a noite
empurrando os dedos
para seu versejar.
até o sol despontar
An mirandés
Na punta de ls bersos
Éran altas madrugadas
i la nuite tremie frie
nas tues manos i de las mies
un cuorpo an cachoneira
feita cielo decie.
Ls dedos mexien
sigurando la nuite madrugada afuora
i al rumper de l´ourora
ls dedos cansados
benedezien l die.
Assomaba l die na punta de ls bersos
i ls dedos trabiessos
cumo que a lebitar
a lhebantában las streilhas
que, pressentindo l die
ne l cielo arreculhien i, de piçtanhas pesadas,
cerrában ls uolhos para s´ir a deitar.
Drumien-se las
streilhas
mas siempre riacendien…
Porpáran-se madrugadas na punta de ls dedos,
i spértan las streilhas ne l sou relhampar
i na punta de ls bersos
drume-se la nuite
drume-se la nuite
ampuxando ls dedos
para sou bersiar.
I la nuite manten-se ne l berso
até l sol tornar
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