Desculpa pai por ontem nada te ter deixado aqui. Andei a embalar um menino, o Mirandês, por terras de Estremoz.
Nas memórias das savanas
Nas memórias das savanas...
Procuro-nos e nada encontro.
Procuro no vermelho do sol
Nas florestas e queimadas
Algo que me leve a ti
Nadas que me levem a nós
Onde estou
Que não te encontro
Onde vou
Que nem eu sei
Que caminho foi
O que trilhei.
As imagens estão esbatidas
As memórias desbotadas
As fogueiras apagadas
Dos caminhos nada sei.
Nas memórias do cacimbo
Procuro-te e não te vejo
Envolta na areia do mar
À noite mais ao fresquinho
Procuro-te nesse luar.
Procuro-me nas tuas histórias
Que tinhas para me contar
Tantas inacabadas
Em suspiros dum olhar…
Onde estou eu
Na história que não acabaste
Quando de súbito paraste…
II
Se ao menos estivesses aqui!
Deixaste-me uma mensagem escrita
numa folha de papiro
lá no meio do pântano.
Para mim o pântano é intransponível
e à mensagem nunca chegarei.
Chegavas tu,
porque de ousadia e força,
a natureza te dotou.
E eu o que sou?
Uma teia de aranha,
onde desenhei sonhos com toques leves
desfeita pelas bolas de granizo.
Se ao menos tu estivesses aqui
para reparares o rombo nas sedas!
Se ao menos aquela lágrima peregrina
que te desceu derradeira
tivesse caído nas minhas mãos!
Nelas passaria a língua para,
com o sal restabelecer as minhas forças.
Deixaste-me trilhos nas savanas
onde os teus pés deram ais.
O capim cresceu
e, dos teus trilhos nem sinais.
Resta-me o resto de gin,
no fundo da garrafa,
a evaporar aos poucos,
aquele que por falta de tempo
nos sobrou.
Resta-me a lembrança do teu olhar doce
a amenizar o trilho por entre tojos e silvas.
Se ao menos tu estivesses aqui!...
Nas memórias das savanas
Nas memórias das savanas...
Procuro-nos e nada encontro.
Procuro no vermelho do sol
Nas florestas e queimadas
Algo que me leve a ti
Nadas que me levem a nós
Onde estou
Que não te encontro
Onde vou
Que nem eu sei
Que caminho foi
O que trilhei.
As imagens estão esbatidas
As memórias desbotadas
As fogueiras apagadas
Dos caminhos nada sei.
Nas memórias do cacimbo
Procuro-te e não te vejo
Envolta na areia do mar
À noite mais ao fresquinho
Procuro-te nesse luar.
Procuro-me nas tuas histórias
Que tinhas para me contar
Tantas inacabadas
Em suspiros dum olhar…
Onde estou eu
Na história que não acabaste
Quando de súbito paraste…
II
Se ao menos estivesses aqui!
Deixaste-me uma mensagem escrita
numa folha de papiro
lá no meio do pântano.
Para mim o pântano é intransponível
e à mensagem nunca chegarei.
Chegavas tu,
porque de ousadia e força,
a natureza te dotou.
E eu o que sou?
Uma teia de aranha,
onde desenhei sonhos com toques leves
desfeita pelas bolas de granizo.
Se ao menos tu estivesses aqui
para reparares o rombo nas sedas!
Se ao menos aquela lágrima peregrina
que te desceu derradeira
tivesse caído nas minhas mãos!
Nelas passaria a língua para,
com o sal restabelecer as minhas forças.
Deixaste-me trilhos nas savanas
onde os teus pés deram ais.
O capim cresceu
e, dos teus trilhos nem sinais.
Resta-me o resto de gin,
no fundo da garrafa,
a evaporar aos poucos,
aquele que por falta de tempo
nos sobrou.
Resta-me a lembrança do teu olhar doce
a amenizar o trilho por entre tojos e silvas.
Se ao menos tu estivesses aqui!...
Adorei ler. Belo, tocante, rico também literariamente.
ResponderEliminar(Além das memórias nos conferirem identidade e nos situarem no tempo e no lugar ...)
Bjo, amiga Adelaide :)
Tenho tantas saudades desses trilhos, tantas saudades das aventuras que me proporcionou, tantas saudades da sua pele fina, sua voz doce...
EliminarObrigada, Odete
Bjs