Sobram passos
por se terem perdido
no desacreditado caminho ...
e, os que foram ficando,
nunca mais avançam no trilho.
Há minutos que sobram,
horas a faltar ao calendário,
dias perdidos que não voltam,
beijos a requentar no borralho
sem nunca aquecerem bocas,
beijos frios a degelar
em líquido que nunca há-de reconfortar
o peito que está vazio.
Beijos dados sem pontaria,
errando o alvo legítimo,
beijos que de tão amargos
mais valia não terem nascido.
Faltam passos
sobram passos,
faltam dias,
sobra caminho...
No morrer dos dias
ResponderEliminaresfumam-se esperanças,
e tu não mais confias
Nem mesmo nas tuas lembranças.
A quem vão esses dias
Acalentar corações?
Será que tu, não merecias
Sentir mais emoções?
Injustiça do destino
À nascença traçado.
Se há coisa que não atino
É o final desse nosso fado.
Gostei muito desse versejar em jeito de desafio
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