Há uma imensidão de mar
entre o vermelho do crepúsculo
e o alvorecer dos sonhos
quando de olhos fechados te vejo
içando velas,
endireitando o leme,
entre o vermelho do crepúsculo
e o alvorecer dos sonhos
quando de olhos fechados te vejo
içando velas,
endireitando o leme,
levando o veleiro ao cais.
Há uma imensidão de
crepúsculo
dizendo adeus ao meu adeus
quando o dia me morre nos dedos
e a lembrança se me atiça
dizendo adeus ao meu adeus
quando o dia me morre nos dedos
e a lembrança se me atiça
nas silhuetas dos
montes
onde me nascem poemas,
onde sinto o eco das águas
da ribeira em suicídio,
nas escarpas dum vale fundo
e me chegam ecos da canção.
onde me nascem poemas,
onde sinto o eco das águas
da ribeira em suicídio,
nas escarpas dum vale fundo
e me chegam ecos da canção.
E mais imensidão…
A aurora a
despontar…
O rio a lançar-se ao mar,
o rouxinol a cantar
o salgueiro a balançar,
a ribeira
a transbordar,
a espera,
o rio,
espuma,
ondas,
espasmos,
cio…
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