Vai!
Arranca-me a lágrima do peito
Antes que cristalize em incenso
E com ele me queime
E me perca no escuro
Onde me deito.
Passeia pela minha rua
Sineta do meu corpo
Nesta noite gélida
Lagoa empedernida
Onde nem gota
A escorrer
Nem sorriso
Ou ai.
Vai!
Arranca-me um querer
Deste mar de indiferença
Onde adormeço.
Agita-me as águas
Levanta-me as ondas
Atinge-me as fendas
Parte os glaciares
Dos meus olhos
Neste mundo sem estrelas...
Acerca de mim
- Adelaide Monteiro
- Sintra/Miranda do Douro, Portugal
- Gosto de pintar,de escrever e de fazer trabalhos manuais.Sou simples e verdadeira. Tenho que pôr paixão naquilo que faço, caso contrário fico com tédio. Ensinar, foi para mim uma paixão; escrever e pintar, continua a sê-lo. Sou sensível e sofro com as injustiças do Mundo. A minha primeira língua foi o Mirandês. Escrevo nessa língua no blog da minha aldeia Especiosa em, http://especiosameuamor.blogspot.com em Cachoneira de Letras de la Speciosa e no Froles mirandesas.
quarta-feira, 2 de dezembro de 2009
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A sua poesia, sentida e vibrante, deve algo a Florbela Espanca. Concorda?
ResponderEliminarP.S. - Vim parar ao seu blog por acaso. Gostei do cuidado da apresentação e de alguns poemas.
Orestes
Grata pela sua apreciação.
ResponderEliminarNão sei se devo ou não a Florbela Espanca; é uma poeta que nos deixou un óptimo legado a nível da poesia, mas que posso eu dizer.
Eu escrevo com muito sentimento, isso sei, quer tratando-se dos meus sentires quer dos sentires dos outros que eu encarno como meus e os ecrevo com a minha força.
Venha sempre.
Adelaide