Dá-me de comer
antes que tenha
a mão estendida.
Dá-me um carinho
antes que uma lágrima
me ensope o peito.
Dá-me fraternidade
e distribui-me sonhos
antes que seja Natal.
Todos os dias
tenho os maxilares cerrados
a segurar o que não tenho.
Todos os dias
tenho o peito cerrado
a segurar as lágrimas
para que não sequem.
Todos os dias
tenho a alma aberta
desejando que todos os dias...
sejam dias e noites
de Dezembro
Acerca de mim
- Adelaide Monteiro
- Sintra/Miranda do Douro, Portugal
- Gosto de pintar,de escrever e de fazer trabalhos manuais.Sou simples e verdadeira. Tenho que pôr paixão naquilo que faço, caso contrário fico com tédio. Ensinar, foi para mim uma paixão; escrever e pintar, continua a sê-lo. Sou sensível e sofro com as injustiças do Mundo. A minha primeira língua foi o Mirandês. Escrevo nessa língua no blog da minha aldeia Especiosa em, http://especiosameuamor.blogspot.com em Cachoneira de Letras de la Speciosa e no Froles mirandesas.
sexta-feira, 18 de dezembro de 2009
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Para além da forte carga lírica, os seus poemas, exprimem um anseio urgente, uma procura impaciente de valores, desejos e sentimentos que, todavia, se expressam dentro de uma indefinição e ambiguidade que, provavelmente, são intencionais. E admito que a ambiguidade e a indefinição sejam intencionais porque isso permite maior liberdade e arrojo na expressão de sentimentos e desejos.
ResponderEliminarNeste último poema mais que nos anteriores recentes agrada-me o despojamento e a concisão das imagens.
Orestes
Na verdade assim é. Luta incessante pela justiça a todos os níveis.
ResponderEliminarAgradeço-lhe o seu interesse pelo meu trabalho, formiguinha pequena e persistente.
Adelaide
Passamos para desejar Boas Festas e Feliz Natal, com tudo de bom, muita harmonia e fraterno calor humano, partilhando também um pouco da alegria desta quadra de paz e sublime amor.
ResponderEliminarJofre Monteiro Alves e Fátima Amaral