O tempo é corcel
troteando a vida
em sinuosos caminhos.
Há um rombo do tempo
no barco a sangrar
e há a gaivota perdida
sem mastro a chorar.
Chora alvoradas
em que os cios das águas
despertavam marés
e sente-lhe as mágoas
a rebentar o convés.
O barco é corcel
o barco é meu leito.
E o tempo tão célere
foge-me dos horizontes
em inúteis esperas
de melhores marés
no corcel do meu peito.
O barco a afundar...
E a gaivota esvoaça
no cimo do mastro
doutro barco a passar.
Acerca de mim
- Adelaide Monteiro
- Sintra/Miranda do Douro, Portugal
- Gosto de pintar,de escrever e de fazer trabalhos manuais.Sou simples e verdadeira. Tenho que pôr paixão naquilo que faço, caso contrário fico com tédio. Ensinar, foi para mim uma paixão; escrever e pintar, continua a sê-lo. Sou sensível e sofro com as injustiças do Mundo. A minha primeira língua foi o Mirandês. Escrevo nessa língua no blog da minha aldeia Especiosa em, http://especiosameuamor.blogspot.com em Cachoneira de Letras de la Speciosa e no Froles mirandesas.
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quando o mar se agita, revolta, as gaivotas abrigam-se em terra.
ResponderEliminarGostei do trote...
Este saiu assim na hora de ir dormir e nem sequer tive tempo de lhe fazer uma revisão. Agora assim ficará.
ResponderEliminarCumo dezirie l nuosso amigo Amadeuzico, " arbe abiessa a podas".
E quando um mastro se parte, as gaivotas procuram outro mastro...
Beisico Antonho
Delicio-me a ler os seus poemas...
ResponderEliminarRecordo a língua mirandesa, que não falo (muito menos escrevo) mas entendo... sempre me lembro de ouvir a minha avó falar!
Indicaram-me o seu outro blog (Cachoneira)...
Já percebi que é uma mulher de várias artes!
Isso agrada-me sobremaneira!
Partilho algumas fotos minhas em
olhares.aeiou.pt/gonzz
Se eventualmente quiser passar e ver as várias fotos que tenho... encontrará flores que faço com cascas e sementes, fotos de flores de árvores de fruto e da horta... muitas coisas mesmo... amadoras, com amor, mesmo!
Se quiser uma foto minha para fundo de um poema seu... ou para reproduzir em tela... não hesite!
Seria uma honra.
Um beijo, trasmontano,
Gonçalo
Muito abrigada Gonçalo.
ResponderEliminarVou seguir as suas artes e utilizar as suas fotos para com elas enriquecer a mensagem dos poemas.
Já que se habituou a ouvir a avó, tente estudar porque os sons estão no seu sub-consciente e assim será mais um a falar e escrever mirandês. Há cursos na Net, é só tentar!
um beijinho,
Adelaide
Olá Gonçalo,
ResponderEliminarTem fotos belíssimas. Vou seguir o seu trabalho com muito interesse, eu que para fotografia sou um zero.
Coloquei o link no meu facebook.
Um beijinho
Adelaide
Já me esquecia...
ResponderEliminarHá ainda o blog Froles Mirandesas onde pode ler mirandês e poderá lá encontrar muitos outros blogues, todos em Mirandês, sugerindo-lhe desde já o fuontes de l aire i o cumo quien bai de camino, ambos de Amadeu Ferreira.
Até,
Adelaide