Lembra-te de mim
Quando a sombra que me segue
Se faz esguia
Num pôr do sol em Agosto
Seguido por olhos sedentos
Doutro e mais outro dia.
Lembra-te de mim
Quando a voz me enrouquece
Com o timbre do preso vento
E as cordas se me apertam
Com as palavras que calo
Como quem cala lamentos.
Lembra-te de mim
Quando não escrevo o que escrevo
Quando não digo o que penso
Para não dizer o que sinto
Ó céus quantas vezes minto
E tantas outras me arrependo.
Lembra-te de mim
Nos olhares da lua cheia
No frágil quarto minguante
Na pujança do crescente
Ou na nova em que me escondo
E sem me veres sigo diante.
Lembra-te de mim
Se a memória to lembrar...
Acerca de mim
- Adelaide Monteiro
- Sintra/Miranda do Douro, Portugal
- Gosto de pintar,de escrever e de fazer trabalhos manuais.Sou simples e verdadeira. Tenho que pôr paixão naquilo que faço, caso contrário fico com tédio. Ensinar, foi para mim uma paixão; escrever e pintar, continua a sê-lo. Sou sensível e sofro com as injustiças do Mundo. A minha primeira língua foi o Mirandês. Escrevo nessa língua no blog da minha aldeia Especiosa em, http://especiosameuamor.blogspot.com em Cachoneira de Letras de la Speciosa e no Froles mirandesas.
sexta-feira, 12 de agosto de 2011
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