Olhavam-se no fundo dos olhos
O terror chamava-se mourisca
uma vitela amarelada e atrevida
com quem uma menina de 6 anos
media forças com a vida
Era de aguilhada em punho
que respondia a perseguições desatinadas
por caminhos e cerrados
a pequenita assustada
passou a ser mourisca também
Trazia na alma o desejo de voar
caldeado ao colo da mãe
terras de mouros eram o seu sonho
e o desejo fez-se cor e vida
quando se abriram os braços do pai
Hoje a aguilhada é o bico da caneta
que verte a intensidade das emoções
É o pincel que tranforma lágrimas em tons
e solta a rebeldia, a força e a doçura
de mourisca do planalto
Teresa Almeida 20-08-2011
Gustou-me esta, "la Mourisca de l Praino"!
ResponderEliminarUm beisico, Teresica.
Delaide
"La mourisca de l praino"
ResponderEliminarÉ em mirandês, a sua língua natural, que a mourisca consegue a sua verdade e singeleza.
Obrigada amiga Delaidica.
Um beisico