Se ao menos estivesses aqui!
Deixaste-me uma mensagem escrita
numa folha de papiro
lá no meio do pântano.
Para mim o pântano é intransponível
e à mensagem nunca chegarei.
Chegavas tu,
porque de ousadia e força,
a natureza te dotou.
E eu o que sou?
Uma teia de aranha,
onde desenhei sonhos com toques leves
desfeita pelas bolas de granizo.
Se ao menos tu estivesses aqui
para reparares o rombo nas sedas!
Se ao menos aquela lágrima peregrina
que te desceu derradeira
tivesse caído nas minhas mãos!
Nelas passaria a língua para,
com o sal restabelecer as minhas forças.
Deixaste-me trilhos nas savanas
onde os teus pés deram ais.
O capim cresceu
e, dos teus trilhos nem sinais.
Resta-me o resto do gin,
no fundo da garrafa,
a evaporar aos poucos,
aquele que a falta de tempo nos deixou.
Resta-me a lembrança do teu olhar doce
a amenizar o trilho por entre tojos e silvas.
Se ao menos tu estivesses aqui!...
Acerca de mim
- Adelaide Monteiro
- Sintra/Miranda do Douro, Portugal
- Gosto de pintar,de escrever e de fazer trabalhos manuais.Sou simples e verdadeira. Tenho que pôr paixão naquilo que faço, caso contrário fico com tédio. Ensinar, foi para mim uma paixão; escrever e pintar, continua a sê-lo. Sou sensível e sofro com as injustiças do Mundo. A minha primeira língua foi o Mirandês. Escrevo nessa língua no blog da minha aldeia Especiosa em, http://especiosameuamor.blogspot.com em Cachoneira de Letras de la Speciosa e no Froles mirandesas.
sábado, 31 de dezembro de 2011
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