Acerca de mim
- Adelaide Monteiro
- Sintra/Miranda do Douro, Portugal
- Gosto de pintar,de escrever e de fazer trabalhos manuais.Sou simples e verdadeira. Tenho que pôr paixão naquilo que faço, caso contrário fico com tédio. Ensinar, foi para mim uma paixão; escrever e pintar, continua a sê-lo. Sou sensível e sofro com as injustiças do Mundo. A minha primeira língua foi o Mirandês. Escrevo nessa língua no blog da minha aldeia Especiosa em, http://especiosameuamor.blogspot.com em Cachoneira de Letras de la Speciosa e no Froles mirandesas.
sábado, 19 de maio de 2012
ANTES PELO CONTRÁRIO
DANIEL OLIVEIRA: ANTES PELO CONTRÁRIO
Um rapazola a quem calhou serprimeiro-ministro
Daniel Oliveira (www.expresso.pt)
8:00 Segundafeira, 14 de maio de 2012
"Estar desempregado não pode ser um sinal negativo. Despedir-se ouser despedido não tem de ser um estigma. Tem de representar também umaoportunidade para mudar de vida. Tem de representar uma livre escolha, umamobilidade da própria sociedade." Pedro Passos Coelho
Há pessoasque tiveram uma vida difícil. Por mérito próprio ou não, ela melhorou. Mas nãose esqueceram de onde vieram e por o que passaram. Sabem o que é o sofrimento enão o querem na vida dos outros. São solidárias.Há pessoas que tiveram uma vida difícil. Por mérito próprio ou não, elamelhorou. Mas ficaram para sempre endurecidas na sua incapacidade de sofrerpelos outros. São cruéis. Hápessoas que tiveram uma vida mais fácil. Mas, na educação que receberam, nãodeixaram de conhecer a vida de quem os rodeia e nunca perderam a consciência deque seus privilégios são isso mesmo: privilégios. São bem formadas. E há pessoas que tiveram afelicidade de viver sem problemas económicos e profissionais de maior e ainfelicidade de nada aprender com as dificuldades dos outros. São rapazolas.
Nãoatribuo às infantis declarações de Passos Coelho sobre o desemprego nenhumsentido político ou ideológico. Apenas a prova de que é possível chegar aos 47anos com a experiência social de umadolescente, a cargos de responsabilidade com o currículo de jotinha, a líder partidáriocom a inteligência de uma amiba, aprimeiro-ministro com a sofisticaçãointelectual de um cliente habitual do fórum TSF e a governante semnunca chegar a perceber que não é parareceberem sermões idiotas sobre a forma como vivem que os cidadãos participamem eleições. Serei insultuoso no que escrevo? Não chego aoscalcanhares de quem fala com esta leviandade das dificuldades da vida depessoas que nunca conheceram outra coisa que não fosse o "risco".
Sobre acaracterização que Passos Coelho fez, na sua intervenção, dos portugueses, quenão merecia, pela sua indigência, um segundo do tempo de ninguém se fosse feitana mesa de um café, escreverei amanhã. Hoje fico-me pelo espanto quediariamente ainda consigo sentir: comoé que este rapaz chegou a primeiro-ministro?
In Expresso.pt de 14-05-12.
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