Maio
Vieste
Em dias grandes e soalheiros
Tão quentes e namoradeiros
... Rebentando em viva cor
E embriagante odor
Recebeste-me
Quando os teus braços
Já eram fortes abraços
Fraldas que me embrulhavam
E capas que m´enfeitavam
Floriste
E eu contigo flori
Em berço de giestas cresci
Que as rosas amaciaram
Cum os aromas que deitaram
De rosa brava passei
A papoila toldeante
De risos contagiante
Cabelo escuro a esvoaçar
O que agora a branquear
Trouxe-me a neve Dezembro
Trouxe-me a lavrada Abril
Na minha pele sulcos mil
Mas depois é Maio a mandar
Para com flores tudo apagar
Agora sou flor tardia
Já em tempo de colheita
Duma vida toda feita
De flores, de espinhos e folhas
De decisões e de escolhas
E quando Maio pensando
Que nenhum més me daria flores
Rego-as como quem rega amores
Com a mão amaciados
Em todo o ano medrados
Enquanto me visitares, Maio!
Vieste
Em dias grandes e soalheiros
Tão quentes e namoradeiros
... Rebentando em viva cor
E embriagante odor
Recebeste-me
Quando os teus braços
Já eram fortes abraços
Fraldas que me embrulhavam
E capas que m´enfeitavam
Floriste
E eu contigo flori
Em berço de giestas cresci
Que as rosas amaciaram
Cum os aromas que deitaram
De rosa brava passei
A papoila toldeante
De risos contagiante
Cabelo escuro a esvoaçar
O que agora a branquear
Trouxe-me a neve Dezembro
Trouxe-me a lavrada Abril
Na minha pele sulcos mil
Mas depois é Maio a mandar
Para com flores tudo apagar
Agora sou flor tardia
Já em tempo de colheita
Duma vida toda feita
De flores, de espinhos e folhas
De decisões e de escolhas
E quando Maio pensando
Que nenhum més me daria flores
Rego-as como quem rega amores
Com a mão amaciados
Em todo o ano medrados
Enquanto me visitares, Maio!
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