Acerca de mim

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Sintra/Miranda do Douro, Portugal
Gosto de pintar,de escrever e de fazer trabalhos manuais.Sou simples e verdadeira. Tenho que pôr paixão naquilo que faço, caso contrário fico com tédio. Ensinar, foi para mim uma paixão; escrever e pintar, continua a sê-lo. Sou sensível e sofro com as injustiças do Mundo. A minha primeira língua foi o Mirandês. Escrevo nessa língua no blog da minha aldeia Especiosa em, http://especiosameuamor.blogspot.com em Cachoneira de Letras de la Speciosa e no Froles mirandesas.

quinta-feira, 16 de abril de 2009

E veio!....


...Diziam-na benvinda!.... E veio!
Fria,tão fria que é capaz de refrescar qualquer mente entorpecida seja qual for a razão do entorpecimento.Não parece a chuva da Primavera a passos largos do Verão.
Apanhei-os de frente, à chuva e ao vento!
O vento forte!... Não consigo ter uma relação amistosa com o vento forte; enlouquece-me,…como me enlouquece a chuva que tapa por completo o vidro do carro e me tira a visão.
O condutor estava atento à condução; eu nem por isso. A minha atenção estava mais centrada na paisagem e nas nuvens que saltitavam entre o brilhante no meio de rajadas de luz e o escuro, quando prenhas de água, bem fundamental à vida.
Com frequência ao longe, pareciam cabelos de cigana que depois da última enxaguadela pingavam para a terra até que o sol viesse, os secasse e carregasse de brilho.
Vi nuvens de algodão a beijar os picos da Serra da Estrela em beijos roubados, entre os raios de sol que por momentos lhes mostrava o caminho da luxúria. Depressa se tornavam negras e a estas sim, a Serra se abria em sorrisos marotos, espera desejada, namoro consentido.
Nas nuvens escrevi, desenhei, pintei, como quem desenha escreve e pinta sonhos, tão ténues, tão etéreos, tão lamentavelmente impossíveis de concretizar, tão… eternamente sonhos!...
No dia em que alguém me retirar a capacidade de sonhar, considerem-me biologicamente viva, mas mentalmente,... irremediavelmente morta!...

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