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Ah, Poema!
Como eu queria libertar-te
Dessas roupas andrajosas!
Ah, Poema!
Como eu queria dar-te
O pão
A ti
E ao teu irmão!
Vives no mundo
Que não é teu
Despido de letras de esperança
Em sílabas de indiferença.
Dormes em buracos
De livros não lidos
Declamas-te em gritos não ouvidos
És letra de canção não cantada
És resto duma vida amaldiçoada
Ah, Poema!
Junta a tua voz
À de todos os infelizes
Que surgiram
De letras
Deste mundo atroz.
Insurjam-se bem alto
Em voz bem colocada
Comigo
E com todos os poetas
Que vos pariram
E lançaram no asfalto
De rua amaldiçoada
Ah Poema, maltrapilho
Neste mundo de egoísmo
Que não te liberta
Não te dá o pão
Não te dá nada!
Adorei
ResponderEliminarPoemas que continuam a ser paridos por tantos mais poetas...
ResponderEliminarObrigada, George!
Adelaide Monteiro