Salga-me a carne o mar que navego,
Caustica-me a alma o vento à deriva
E gaivotas gementes mergulham-me os olhos,
Perdidos na linha onde pesco horizontes...
E as vagas embalam-me,
E o barco é meu berço,
Entrego-me, esqueço...
Salpicam-me os olhos gotas de tormenta,
Fustiga-me a esperança a vela rasgada,
E os risos disformes das nuvens em ânsia
Agitam o ventre do silêncio incontido...
E as vagas embalam-me,
E o barco é meu berço,
Entrego-me, esqueço..
Cerra-me o círculo uma praia sem terra,
Atinge-me o golpe do naufrágio que mina
As areias dóceis do meu abandono,
E as gaivotas pousam, em preces aladas..
Aladas de branco,
Aladas de paz,
Que a espuma, de raiva, desfaz...
E as vagas embalam-me,
E o barco é meu berço,
Entrego-me, esqueço...
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Acerca de mim
- Adelaide Monteiro
- Sintra/Miranda do Douro, Portugal
- Gosto de pintar,de escrever e de fazer trabalhos manuais.Sou simples e verdadeira. Tenho que pôr paixão naquilo que faço, caso contrário fico com tédio. Ensinar, foi para mim uma paixão; escrever e pintar, continua a sê-lo. Sou sensível e sofro com as injustiças do Mundo. A minha primeira língua foi o Mirandês. Escrevo nessa língua no blog da minha aldeia Especiosa em, http://especiosameuamor.blogspot.com em Cachoneira de Letras de la Speciosa e no Froles mirandesas.
terça-feira, 14 de setembro de 2010
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Minha amiga que quero (para não dizer já querida...), obrigada por esse suficiente gostar para me fazer da casa... estar aqui é um privilégio.
ResponderEliminarBeijinho!
Ter-te aqui é também um previlégio, querida amiga e é uma forma de poder divulgar a tua escrita que me toca duma forma muito especial.
ResponderEliminarE depois Tera, há ainda o rio Douro, que ambas ávidamente sorvemos...
Beijinhos,
Ola Adelaide: lindo poema parabens por teres partilhado connosco.
ResponderEliminarBeijos
Santa Cruz
Trata-se duma amiga virtual. Sinto-me bem ao partilhar tão tocantes palavras que ela normalmente escreve, por aqueles que me visitam.
ResponderEliminarBj Santa Cruz