Chegas-me Outono
a saber a Setembro,
a despedir-me
dos estios grávidos de luz,
que me bronzeiam a pele desnuda.
Chegas-me Outono
em coisas perdidas,
na incerteza dos dias,
incerta a vida,
incerto o Inverno...
Sorvo-te Outono,
sôfrega,
enquanto o meu corpo é dia,
noite o meu sonho,
enquanto no meu regaço
couberem as folhas
que se me desprendem do manto.
Hei-de deleitar-me
com as aves últimas,
sobreviventes à queda da folha,
molhadas pelas primeiras chuvas
e resistindo aos crepúsculos.
Hei-de aconchegar-me ao Inverno,
sentindo as cores do Outono...
Acerca de mim
- Adelaide Monteiro
- Sintra/Miranda do Douro, Portugal
- Gosto de pintar,de escrever e de fazer trabalhos manuais.Sou simples e verdadeira. Tenho que pôr paixão naquilo que faço, caso contrário fico com tédio. Ensinar, foi para mim uma paixão; escrever e pintar, continua a sê-lo. Sou sensível e sofro com as injustiças do Mundo. A minha primeira língua foi o Mirandês. Escrevo nessa língua no blog da minha aldeia Especiosa em, http://especiosameuamor.blogspot.com em Cachoneira de Letras de la Speciosa e no Froles mirandesas.
domingo, 19 de setembro de 2010
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Adelaide Lindo Poema para a chegada do Outono, despedida do verão e fim do mes de setembro, adorei esta chegada do outono.
ResponderEliminarBeijos
Santa Cruz
O outono é lindo com as suas cores rubras i amarelas, o cheiro a mosto, as castanhas a saltar na brasa, o vinho abafado.
ResponderEliminarLindo é o Outono da vida quando se sabe saborear, enquanto as folhas caídas do manto couberem no regaço...
Beijinhos amigo,
Adelaide