Acorda, come, corre ,… pega a pá e a picareta
Perde o comboio que foge, no meio da multidão
Pega a esfregona, o pano, ou o livro e a caneta
Num viver a não viver, a correr em servidão.
E nesse correr, vivem os que partem.
Sonhos de uma vida melhor, de realização profissional, de mais ter.
E o que é feito do ninho que os fez crescer?
Está vazio! ... Encheu-se de penas brancas!...
Perde o comboio que foge, no meio da multidão
Pega a esfregona, o pano, ou o livro e a caneta
Num viver a não viver, a correr em servidão.
E nesse correr, vivem os que partem.
Sonhos de uma vida melhor, de realização profissional, de mais ter.
E o que é feito do ninho que os fez crescer?
Está vazio! ... Encheu-se de penas brancas!...
Querem levar essas penas brancas consigo, mas os passarinhos de penas brancas definham e morrem quando metidos em gaiolas.
Como rolas enclausuradas, perdem o cantar.
Aí, de olhar triste e a espreitar em janelas fechadas que não deixam ver a cor do céu, os dias são ainda mais longos e tristes.
O jantar com a família é breve, o dormir é breve, para em breve acordar.
Um correr que se repete em dias, estações e anos!...
Os que não têm pressa ficam em casa, com pressa de partir.
Aí, de olhar triste e a espreitar em janelas fechadas que não deixam ver a cor do céu, os dias são ainda mais longos e tristes.
O jantar com a família é breve, o dormir é breve, para em breve acordar.
Um correr que se repete em dias, estações e anos!...
Os que não têm pressa ficam em casa, com pressa de partir.
Procuram um vizinho que não têm e contam as esperas como quem conta um a um feijões, num saco de tristezas!...
Pedem aos filhos que os levem ao ninho.
Pedem aos filhos que os levem ao ninho.
Querem estar no seu vamos indo.
Depois, uns e outros contam os dias que faltam para o Natal e mês de Agosto, em calendário infindo.
Sem comentários:
Enviar um comentário