![](https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhOcr8jTTSsZ9RD5JmjM9kO-TmAzbXH_fGK1jO5sXexAzN0UvEjoydYs3kUCmTf982sJgUGP0mz8ti4PJAgDijaRs4BkwhVaWuDotVaZ2cF4HVXePTK8_6lr6mfj7I8jwUFTbr-VAgjvXCG/s400/mulher+orqu%C3%ADdia.jpg)
Sobrevivi por acaso
Nasci de um rompante rude e destemido
Rasguei as entranhas aos montes onde mamei pão amargo
Atravessei rios com os pés descalços e saí em gelados gemidos
Fui castrada por uma sociedade insana e cortei as amarras
Reconstitui-me, juntei as peças roubadas
E … aqui estou eu!...
Eu que sou mulher de tudo e de nadas!...
Vivo neste Cosmos estirada por forças opostas
Que me distendem os tendões e músculos
Uma parte de mim é Terra, regida por Marte
Que me prende ao chão
Outra parte é Vénus e Lua
Que me desprende
Liberta e me lança em sonhos
E… aqui estou eu!...
Eu que sou mulher de tudo e de nadas!...
Com dedos de pincéis e teclas
Corto as amarras do chão
Liberto os meus pés sangrentos
E sou mulher, sou sonho e criança
Elevo-me e a levitar
Abraço Vénus e a Lua
Deixo Marte a descansar
Nas estrelas escrevo poemas
E nas nuvens pinto o mar
E… aqui estou eu!...
Eu que sou mulher de tudo e de nadas!...
Sem comentários:
Enviar um comentário