Olho…
Mas não vejo
Libertei-me
Voei com asas de anjo, leve e celestial
Em pensamento sou levada por uma brisa
E quero seguir uma andorinha que deixou o meu beiral
Com as asas de sonho, elevo-me… mais leve
Já cansada, a ave pára num rochedo, no mar de calmaria
Plano, endireito as pernas e paro com ela também
Diz-me:
Respira fundo, mas em surdina!
Ouve o som leve do mar que nos quer falar com o silêncio.
Vai longe, em sonhos de menina!
Sabes:
Há momentos em que nos devemos calar
E deixar o nosso coração falar em surdina
Não há palavras para um sentimento ímpar
Fecha os olhos, ouve o sussurro do mar, olha o horizonte
E o reflexo do sol nas águas cristalinas
Lindo!... Exclamei!
Olhei e vi aquela planície de águas verdes com reflexos dourados
Daquele sol quente com que me bronzeei
Cheirei a maresia que a brisa em salva, me oferecia
E regressei ao tempo, a ti e amei
Leva-me mais longe, andorinha do meu beiral!
Quero sobrevoar o deserto escaldante
Revirar-me nas dunas, em rebolar extasiante
Não, não podes ir!
Pois tu não vês que as tuas asas
São de espuma de mar e de quimeras?
E voltei…!
À realidade que por instantes deixei
Em silêncio, sonhei!...
Simplesmente espectacular...bjcs e continua
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