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Sintra/Miranda do Douro, Portugal
Gosto de pintar,de escrever e de fazer trabalhos manuais.Sou simples e verdadeira. Tenho que pôr paixão naquilo que faço, caso contrário fico com tédio. Ensinar, foi para mim uma paixão; escrever e pintar, continua a sê-lo. Sou sensível e sofro com as injustiças do Mundo. A minha primeira língua foi o Mirandês. Escrevo nessa língua no blog da minha aldeia Especiosa em, http://especiosameuamor.blogspot.com em Cachoneira de Letras de la Speciosa e no Froles mirandesas.

terça-feira, 30 de junho de 2009

Renasce


Mulher de lenço com o corpo tapado
Até aos pés disfarçado.
Mulher de lenço
Com olhos inquietos
E belos
Boca rubra
De batôn, marca o cigarro.
Porque escondes o corpo que tens vibrante
Com vestes que não são as tuas?
Porque tapas os cabelos
Que são de um tom brilhante
Para esvoaçarem pelas ruas?
Porque manténs a alma presa
Se essa prisão não é a tua?

Enfrenta.
Luta contra a tradição
Contra o machismo, a opressão
Da cultura, da família.
Faz o que os teus olhos mostram
As curvas do teu corpo pedem
Corta as amarras que te amordaçam
E tira as vestes que te prendem.
Rompe com as regras, rasga as roupas, rasga o lenço
Rasga tudo o que te ameace.
Renasce.

4 comentários:

  1. Olá Amadeu,
    O meu filho Ricardo, que vive em Istambul, aconselhou-me, depois de ter lido o poema, a ler o livro "Neve", do Pamuk, para perceber a questão do lenço na perspectiva de quem o usa.O Pamuk é turco e muito crítico em relação a muitas coisas que aconteceram e continuam a acontecer na Turquia, de tal forma que não pode lá ir. Já li livros dele e gosto muito. Esse vai ser um dos que vou ler nas férias. Fiquei curiosa.
    Ui, çqueci-me i screbi-te an pertués!... Çculpa, rapaç!
    Beiso,

    A.

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  2. Oula Adelaide!

    Gustei de lher l tou poema, pula beleza cun que screbes, pula çcriçon tan rica que fazes dessas pobres mulhieres!
    Romper cun las tradiçones i las regras que las regen, supongo que será bien difícel, atrebo-me a dezir, quaije ampossible.
    Tengo lhido muitos lhibros subre las tradiçones de esses paises an relaçon a las mulhieres i rialmente fico chocada cun las çcriçones que son feitas i ls horrores que son cometidos contra eilhas.
    Bidas bies tristes!
    Beisicos

    Isilda

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  3. Na Turquia han-de cunseguir ls poucos. Claro que Stambul nun ye nien de loinge nien de acerca la realidade de la Turquia, mas alhá a ti parece-te que stás nun paiç de la Europa Oucidental. Bi mais mulhieres tapadas an Paria que an Stambul. Assí i todo hai pa´ses anfenitamente piores cumo ye l Argélia, Iran, Afganistan. Rialidades mui tristes e macabras.
    Bs
    Adelaide

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