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Dançaram à noite na praia, sob o olhar das estrelas e a vigília das gaivotas.
O mastro erguia-se e aquele barco balançava, ao acaso.
O vestido de papel bordado com búzios desfez-se, como se desfaz a espuma quando bate nos rochedos e, os búzios regressaram ao mar, em bailado de marés vivas.
Soltaram-se pela manhã deixando na areia fofa as marcas dos seus corpos, selo branco sem contrato.
Desceu a bandeira no mastro, o barco já não balança.
As estrelas adormeceram.
As gaivotas tocaram a alvorada e acordaram os peixes, aninhados em cardumes.
Fez-se dia.
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