Solto as palavras
como se soltasse um pássaro, aprisionado
numa gaiola de rede fina, anos a fio.
Solto as palavras
como quem solta o mar a espumar de raiva
contra os paredões de cimento,
marés altas a fio.
Solto as palavras
como quem solta um condenado
por um crime que não lhe pertencia
e que aos poucos se sentiu morrer,
dias a fio.
Solto as palavras
e os meus pobres dedos deslizam no teclado
ou conduzem a caneta,
aprisionados pelos sentires
que saem de uma alma inconformada
e dum coração despedaçado
pelas injustiças e crueldades da humanidade.
Batem com força nas teclas,
marcam vincos no papel,
como se estivessem a gravar a cinzel
para a eternidade.
Solto as palavras, tão frágeis
como um pássaro ferido
que fechado,
ao se querer libertar
bate contra o vidro
e sai a sangrar.
Solto as palavras, inaudíveis
quando gritam
contra os interesses instituídos,
tão difíceis de mudar.
Solto as palavras, impotentes
quando se insurgem
contra a desonestidade,
a incompetência,
a sede de poder,
a maledicéncia,
um sem fim de injustiças
que urge acabar.
Solto as palavras!....
como se soltasse um pássaro, aprisionado
numa gaiola de rede fina, anos a fio.
Solto as palavras
como quem solta o mar a espumar de raiva
contra os paredões de cimento,
marés altas a fio.
Solto as palavras
como quem solta um condenado
por um crime que não lhe pertencia
e que aos poucos se sentiu morrer,
dias a fio.
Solto as palavras
e os meus pobres dedos deslizam no teclado
ou conduzem a caneta,
aprisionados pelos sentires
que saem de uma alma inconformada
e dum coração despedaçado
pelas injustiças e crueldades da humanidade.
Batem com força nas teclas,
marcam vincos no papel,
como se estivessem a gravar a cinzel
para a eternidade.
Solto as palavras, tão frágeis
como um pássaro ferido
que fechado,
ao se querer libertar
bate contra o vidro
e sai a sangrar.
Solto as palavras, inaudíveis
quando gritam
contra os interesses instituídos,
tão difíceis de mudar.
Solto as palavras, impotentes
quando se insurgem
contra a desonestidade,
a incompetência,
a sede de poder,
a maledicéncia,
um sem fim de injustiças
que urge acabar.
Solto as palavras!....
poder dar liberdade a nossas palavras, que importante! beijos Gloria
ResponderEliminarÉ na verdade muito importante, Glória. Só nos apercebemos do devido valor se nos privarem da liberdade. Até os 25 anos vivi em ditadura e por isso sei dar o devido valor.
ResponderEliminarBesos, Glória