Caminho descontraída
Olhos fitam-me
Sem me verem
Olhos olham-me
Sem me olharem.
Multidão distraída
Ausente
Distante
Dorida
Perdida.
Finjo ser cigana
Vestido de folhos
Cabelos ao vento
De negro pintados
Quero distribuir sonhos
Quero dar alento
Aos desventurados.
Olhos fitam-me
Sem me verem
Olhos olham-me
Sem me olharem.
Multidão distraída
Ausente
Distante
Dorida
Perdida.
Finjo ser cigana
Vestido de folhos
Cabelos ao vento
De negro pintados
Quero distribuir sonhos
Quero dar alento
Aos desventurados.
Digo à multidão
Senhor, Senhora
Vou-lhe ler a sina
Na palma da mão.
Uma mão aqui
Outra acolá
Leio linha deste
E daquela lá
E das linhas da mão
Eu saco sorrisos
Eu prometo filhos
Trabalho, pão
Saúde, fortuna
Amor, união.
E aquelas gentes
De ar carregado
De passo apressado
Esboçam um sorriso
Pois sabem lá
Se aquela cigana
Que não sendo cigana
Teria acertado.
O seu semblante
Notou-se aliviado
E o seu coração
Passou a bater
Muito mais acertado.
Sou fábrica de sonhos
E mar de sorrisos
Vestida de folhos
Cabelos ao vento
Eu pobre cigana
Não sendo cigana
Eu faço sonhar
E brilho no olhar
E por um momento
Muito mais acertado.
Sou fábrica de sonhos
E mar de sorrisos
Vestida de folhos
Cabelos ao vento
Eu pobre cigana
Não sendo cigana
Eu faço sonhar
E brilho no olhar
E por um momento
Empresto paraísos.
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