Acerca de mim

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Sintra/Miranda do Douro, Portugal
Gosto de pintar,de escrever e de fazer trabalhos manuais.Sou simples e verdadeira. Tenho que pôr paixão naquilo que faço, caso contrário fico com tédio. Ensinar, foi para mim uma paixão; escrever e pintar, continua a sê-lo. Sou sensível e sofro com as injustiças do Mundo. A minha primeira língua foi o Mirandês. Escrevo nessa língua no blog da minha aldeia Especiosa em, http://especiosameuamor.blogspot.com em Cachoneira de Letras de la Speciosa e no Froles mirandesas.

terça-feira, 31 de março de 2009

Não quero

Não quero flores no meu enterro
Não me ponham vasos na campa
Não me chorem ou engrandeçam
Quando já não sorvo o sal
Desse choro que não me levanta

É agora que preciso do aroma
Da rosa e do jasmim
É agora que quero banhar-me
Em estevas e alecrim

Não quero estátua
Na rua da indiferença
Não quero honras
Já sem a minha presença

É agora que preciso de estar
Em estátua edificada
Não quero depois ficar
No jardim ou no museu
Só, fria e desolada

Não quero as flores depois
Não estraguem vosso jardim
Ofereçam-mas todas agora
Rosas silvestres sem fim
Presas em laços de cetim

2 comentários:

  1. Gostei e hei de voltar.

    Muita inspiração e poesia.

    Ana Maria Fernandes
    (Desde a França)

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  2. Olá Ana,
    Obrigada pela passagem e pelo teu comentário.
    Estou na Especiosa, a passar as férias da Páscoa.
    Beijo para ti, linda.
    Adelaide

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