…era pouca a terra para tanta gente!…
Fiquei a matutar naquilo que me disse duma forma tão serena e com tanta sabedoria.
Por isso as pessoas se fizeram lutadoras; nada é por acaso, continuava o menino…
Possui muita terra agora, mas continua a ser o mesmo menino como se não tivesse terra nenhuma. Segue sem parar, perseguindo os seus sonhos, caminhante agarrado a um pau para se encostar, deixando transparecer uma inocência cândida do menino que foi.
E assim segue lutando.
Tal como formiga a carregar comida para o formigueiro, segue o menino, sem descansar, como se estivesse a lutar por um bocadinho de terra para que o pão chegue para o ano inteiro, para que possa matar a fome aos filhos.
… é demasiada a terra, agora!
Como?
Se a terra não cresce!!!
Diminuiu a gente, há enxadas a mais, há terras de sobra doentes…
Deseja tirar o sofrimento àquela terra. Ouve-lhe os lamentos e gritos de solidão que não são mais que os lamentos e gritos surdos que do seu peito saem, quando dela se aparta…
Um dia matarão a solidão os dois, ele e a terra e, aquele menino voltará a brincar com a fisga por aqueles campos e fraguedos, perseguindo sonhos , coração renascido, terra outra vez com dono.!...
Acerca de mim
- Adelaide Monteiro
- Sintra/Miranda do Douro, Portugal
- Gosto de pintar,de escrever e de fazer trabalhos manuais.Sou simples e verdadeira. Tenho que pôr paixão naquilo que faço, caso contrário fico com tédio. Ensinar, foi para mim uma paixão; escrever e pintar, continua a sê-lo. Sou sensível e sofro com as injustiças do Mundo. A minha primeira língua foi o Mirandês. Escrevo nessa língua no blog da minha aldeia Especiosa em, http://especiosameuamor.blogspot.com em Cachoneira de Letras de la Speciosa e no Froles mirandesas.
segunda-feira, 27 de julho de 2009
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