![](https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiMJL5w7UDTGXg91vmCL9JQJdSsr1PrAgRWoQzql6rSg7CmbyvGcqXg5liAegF0Mm7ai9pNVaNzM-bvjUz5xwH-EKZ3a964kUrLs_lMaCLF0-1nq031BM_jfoN1IljxVt_-iQRaPHCzNdU_/s400/del+Sierro2.bmp)
Caíste num poema
e foi lá que te achei.
Com hipérbole o enfeitaste
e disseste que gostaste,
mas eu não acreditei.
Saltitaste em vogais e consoantes.
Descobriste as palavras,
entre metáforas escondidas.
Paraste um pouco nas vírgulas,
hesitaste no ponto e vírgula,
partiste no ponto final.
Declamaste-o
e não te saíste mal.
Leste partes com calor,
outras percorreram-te a espinha.
Outras causaram-te dor,
num céu de neblina.
Caíste no poema
mas não o levaste contigo.
As metáforas extravasaram
do rio onde nasceram.
As vogais e consoantes
choraram de tristeza,
solitárias, sem abrigo.
O poeta partiu.
O poeta é errante.
É o seu destino
e vai.
Vai para outro poema,
a sonhar com outro tema.
O poema ficou.
Sozinho chorou.
Sem comentários:
Enviar um comentário