Erguida caminho
À procura de nadas
Que no fundo são tudo
E sem parar procuro.
Vasculho na vida
O sentido
E na vida tropeço
No chão que escorrega.
Avanço
Balanço
Vacilo, não tombo
E assim avanço.
A caminhar encontro
Um conto de afectos
No horizonte perdidos
Esquecidos no conto
Que ninguém contou.
Com os dedos
Desfolho
As folhas coladas
Caladas
Esquecidas
Que ninguém desfolhou.
Onde estão os afectos
Os afectos do conto!?
Os que não foram dados
Os desperdiçados
Os não recebidos
Os não merecidos.
Arranquei ao conto
A ferida dorida
E de tão dorida
Começou a sangrar;
Apertei-a com força
Para o sangue estancar.
Restaurei o conto
Retirei-lhe a brandura
Lancei-a ao mundo
Para lhe dar doçura
Acerca de mim
- Adelaide Monteiro
- Sintra/Miranda do Douro, Portugal
- Gosto de pintar,de escrever e de fazer trabalhos manuais.Sou simples e verdadeira. Tenho que pôr paixão naquilo que faço, caso contrário fico com tédio. Ensinar, foi para mim uma paixão; escrever e pintar, continua a sê-lo. Sou sensível e sofro com as injustiças do Mundo. A minha primeira língua foi o Mirandês. Escrevo nessa língua no blog da minha aldeia Especiosa em, http://especiosameuamor.blogspot.com em Cachoneira de Letras de la Speciosa e no Froles mirandesas.
terça-feira, 17 de novembro de 2009
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