Acerca de mim

A minha foto
Sintra/Miranda do Douro, Portugal
Gosto de pintar,de escrever e de fazer trabalhos manuais.Sou simples e verdadeira. Tenho que pôr paixão naquilo que faço, caso contrário fico com tédio. Ensinar, foi para mim uma paixão; escrever e pintar, continua a sê-lo. Sou sensível e sofro com as injustiças do Mundo. A minha primeira língua foi o Mirandês. Escrevo nessa língua no blog da minha aldeia Especiosa em, http://especiosameuamor.blogspot.com em Cachoneira de Letras de la Speciosa e no Froles mirandesas.

domingo, 29 de julho de 2012






Viagens

Quando olho os teus olhos castanhos
vejo un azul a verdejar de mar bravo,
força de ondas a bater,
espuma a subir os rochedos,
... força que te leva
para lá de todos os limites
em viagens a um mundo sempre pequeno
para tanto olhar agitado.

Depois,
Vejo azul sereno de céu
com mãos macias,
palavras a conviver
em noites de gelo,
gestes frescos em dias quentes,
arco íris a pintar-me o cabelo,
luminoso,
lua
e Caminho de Santiago.

Mas,
naquele mar e naquele céu
crescem ourretas de freixos,
encostas de carvalhos,
florestas de de castanheiros i cerejeiras,
cores de fogo,
labaredas de folhagens d´Outono,
i desfazem gelos,
criam trigueiras espintalgadas de papoilas,
colhem maçãs e marmelos.

Depois,
os teus olhos castanhos voltam a castanhos,
fazem-me lembrar nozes e avelãs
e,
neles me deito
na serenidade do Natal.

(An Mirandés)

 Biaijes


Quando miro ne ls tous uolhos castanhos
beio un azul a berdegar de mar brabo,
fuorça d´óndias a bater,
scuma a chubir pulas faias,
fuorça que te lhieba
para alhá de todos ls lhemites
an biaijes a un mundo siempre pequeinho
para tanto mirar zanquieto.

Apuis beio azul sereno de cielo
cun manos dóndias,
palabras a asseranar nas nuites de carambelo,
géstios frescos an dies calientes,
Cinta de la Raposa a pintá-me l pelo,
scalrretado,
lhuna
i Camino de Santiago.

Mas,
naquel mar i naquel cielo
médran ourrietas de freixos,
montes de trampos,
touçones de castanheiros i creijeiras,
quelores de fogo,
lhabaredas de folhaiges d´ Outonho,
i çfázen carambinas,
crían trigueiras spintarroxadas de papoulas,
cuolhen maçanas i marmelos.

Apuis,
ls tous uolhos castanhos tórnan a castanhos
i lémbran-me nuozes i abelhanas
i,
neilhes me deito na serenidade de l Natal

Seguidores

Arquivo do blogue