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Sintra/Miranda do Douro, Portugal
Gosto de pintar,de escrever e de fazer trabalhos manuais.Sou simples e verdadeira. Tenho que pôr paixão naquilo que faço, caso contrário fico com tédio. Ensinar, foi para mim uma paixão; escrever e pintar, continua a sê-lo. Sou sensível e sofro com as injustiças do Mundo. A minha primeira língua foi o Mirandês. Escrevo nessa língua no blog da minha aldeia Especiosa em, http://especiosameuamor.blogspot.com em Cachoneira de Letras de la Speciosa e no Froles mirandesas.

quarta-feira, 28 de fevereiro de 2018

Chegada e espera

 Dói a espera.
 Nem sei se o que dói é a espera
 se é o medo
 de não ter por que esperar.


 Num banco de jardim sentado
 espera o dia saturado
 de pardacento ser noite
 sem horas de noite ser.

 Chega a noite,
 chora o dia
 sem saber o que fazer
 pois que o dia já foi noite
 e a noite,
não deixou o dia ser.

 Dói a espera
 disse a Lua
no seu estado de mingar
 dando voltas e mais voltas,
 sentindo saudades loucas
 da noite, por ela a esperar.

 E quando chega a lua
 com a pontinha a brotar
 diz o dia:
 que afortunada é a noite
 que sendo noite
 às vezes parece dia,
 com poetas para inspirar.

 Espera o dia, outro dia,
 espera a noite e outra chega,
 espera a lua, a luz de volta,
 a vida é chegada e espera.

domingo, 4 de fevereiro de 2018

Se não tivesses bebido água noutras fontes,
a tua fonte estaria mais límpida, andorinha! 
O teu beiral estaria mais caiado 
para te receber 
sempre que em cada primavera 
quisesses retocar
os rombos do teu ninho
que sempre a chuva dos invernos
faz no barro amolecido.
Passa agora em voos rasantes
à tona da água
para que o vento das tuas asas
leve as folhas secas que flutuam
e na tua fonte reapareçam,
céu azul e nuvens brancas.

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