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Sintra/Miranda do Douro, Portugal
Gosto de pintar,de escrever e de fazer trabalhos manuais.Sou simples e verdadeira. Tenho que pôr paixão naquilo que faço, caso contrário fico com tédio. Ensinar, foi para mim uma paixão; escrever e pintar, continua a sê-lo. Sou sensível e sofro com as injustiças do Mundo. A minha primeira língua foi o Mirandês. Escrevo nessa língua no blog da minha aldeia Especiosa em, http://especiosameuamor.blogspot.com em Cachoneira de Letras de la Speciosa e no Froles mirandesas.

quarta-feira, 7 de março de 2012

O verde de que foi tecido


Houve um campo de trigo
A fustigar-me o rosto
Dum tom aloirado
Em meu peito de estio
E o verde de que foi
O campo  tecido
É gume de foice
Noutro dia em agosto
E querendo o verde
Do campo em meu peito
Rego-o a preceito
Para que não seque
Mas o vento feroz
De tanto fustigar
Secou-lhe a garganta
Agitou-lhe as vestes
E o peito tão verde
Deixou de ser verde
Dobrou-se cansado
Daquele balançar
E levando a sede
Do campo em meu peito
Guardo-a a preceito
E comigo bebe
Bebemos a água
Que restou do estio
Segurando as folhas
Com os braços frágeis
E o campo e o peito
São agora homenagens
À vida tão verde
E o inevitável frio 
E tendo o tapete
Do campo em meu peito
Enrolo-o a preceito
E com ele aqueço



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