Tenho sede de tempo
Tenho fome de vida
Tenho o corpo sedento
Tenho a alma dorida.
Visto-me de sal
Do suor das searas
Enfeito-me com o toucado
Que o feno me empresta
Agarro-me às escarpas
Para não tombar ao abismo.
Troco o passo, vacilo.
Agarro-me às silvas
Agarro-me às tábuas
Salvo-me e respiro.
Tenho os pés calçados
Com os caminhos onde piso
Tenho a alma vestida
Com os frutos amargos.
Com as pontas dos dedos
Penteio os cabelos
Seguro as vaidades e
Passo a passo insisto.
Passo a passo resisto
A caminhar prossigo...
Acerca de mim

- Adelaide Monteiro
- Sintra/Miranda do Douro, Portugal
- Gosto de pintar,de escrever e de fazer trabalhos manuais.Sou simples e verdadeira. Tenho que pôr paixão naquilo que faço, caso contrário fico com tédio. Ensinar, foi para mim uma paixão; escrever e pintar, continua a sê-lo. Sou sensível e sofro com as injustiças do Mundo. A minha primeira língua foi o Mirandês. Escrevo nessa língua no blog da minha aldeia Especiosa em, http://especiosameuamor.blogspot.com em Cachoneira de Letras de la Speciosa e no Froles mirandesas.
terça-feira, 1 de junho de 2010
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Ola menina: mas um lindo poema gostei, continuas a escrever tudo aquilo que te vai na alma e no teu coração.
ResponderEliminarUm abraço
Santa cruz