Habitas-me no olhar mesmo em reflexo
e ouço o barulho da bengala,
surdo, frouxo,
a bater contra as agruras do granito,
duro, incerto,
o mesmo que galopaste nos tempos,
em que no teu olhar habitavam lírios
e no teu corpo floriam girassóis.
Habitas-me no peito em imensidões,
mais do que savanas,
em cores de picadas ocres e vermelhas.
Habitas-me,
mesmo que à mesa o teu prato esteja imaculado,
muito menos que a tua voz doce,
muito menos que a bondade do teu coração,
muito menos do que tu
e muito menos que tudo a que não demos voz.
e ouço o barulho da bengala,
surdo, frouxo,
a bater contra as agruras do granito,
duro, incerto,
o mesmo que galopaste nos tempos,
em que no teu olhar habitavam lírios
e no teu corpo floriam girassóis.
Habitas-me no peito em imensidões,
mais do que savanas,
em cores de picadas ocres e vermelhas.
Habitas-me,
mesmo que à mesa o teu prato esteja imaculado,
muito menos que a tua voz doce,
muito menos que a bondade do teu coração,
muito menos do que tu
e muito menos que tudo a que não demos voz.
Habitas numa rua de olhos tristes…
15.03.2016
15.03.2016
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