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Sintra/Miranda do Douro, Portugal
Gosto de pintar,de escrever e de fazer trabalhos manuais.Sou simples e verdadeira. Tenho que pôr paixão naquilo que faço, caso contrário fico com tédio. Ensinar, foi para mim uma paixão; escrever e pintar, continua a sê-lo. Sou sensível e sofro com as injustiças do Mundo. A minha primeira língua foi o Mirandês. Escrevo nessa língua no blog da minha aldeia Especiosa em, http://especiosameuamor.blogspot.com em Cachoneira de Letras de la Speciosa e no Froles mirandesas.

quarta-feira, 22 de julho de 2009

Sem saberes a razão




Menina!
Lâminas penetraram o teu corpo íntimo,
houvem-se gritos de dor e morte.
Há sangue na terra vermelha,
derramado pelo teu corpo pequenino.
Quem sabe se a insensibilidade
que te impuseram com aquele golpe
não será o golpe de morte?
Ouço os gritos da menina,
ouço o desalento da mulher.
A cultura e o tribalismo,
a ignorância e o egoísmo
querem-te mulher submissa,
cumpridora do dever de mulher,
mas tu menina és menos mulher
desde que a tua mãe te entregou a carrascos,
facas cortantes, lâminas que castram, costuras,
no ritual de passagem.
Menina!
Menina, mulher mutilada,
não uses tu a bandeja,
não entregues o frutos das tuas sementes ao carrasco!
Menina tão pequenina, que poderás tu fazer?
Menina, mulher mutilada,
exige que a tua filha possa ser mulher!

2 comentários:

  1. Buonso dies Delaidica!

    Ato cruel i çhumano que cuntina a ser cometido contra essas pobres ninas i que ningúen faç nada para acabar. Mudan tanto ls tiempos i nun acaban essas malditas tradiçoes.

    Beisicos

    Isilda

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  2. Crian-se leis para acabar mas apuis nun se fiscaliza i pune l não cumprimento e la lei. Tamien eiqui inda se fai a scundidas po las quemunidades que acá biben. Ye triste cumo an to l mundo dua maneira ou doutra la mulhier ye tan desrespeitada...
    Na mie derradeira sposiçón que era subre la mulhier, tratei este tema an pintura.
    Beisico
    A.

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