
Pouco conhecida é a história de Lilith devido à perversão e perigosidade a que ela está associada.
De acordo com certas interpretações da criação humana em Génesis, no Antigo Testamento, Lilith foi a primeira mulher de Adão, criada por Deus da mesma matéria ou seja, de barro.
Lilith entendeu que por ser da mesma matéria prima, não devia ser submissa a Adão, não entendeu o sexo sem liberdade (negava-se a fazer amor sempre debaixo dele).
Eva como toda a gente sabe a história, terá nascido da costela de Adão, uma forma de inferioridade e dever de submissão.
Quando Lilith reclamou de sua condição a Deus, ele respondeu que essa era a ordem natural, a supremacia do homem sobre a mulher em todos os domínios. Contestando, abandonou o Éden.
É acusada de ser a serpente que levou Eva a comer o fruto proibido, sendo vista como demónio com imensos mitos a ela ligados e, ao mesmo tempo que representava a libertação feminina também representava a castração masculina.
Nos dois últimos séculos a imagem de Lilith começou a passar por uma notável transformação em certos círculos intelectuais seculares europeus, por exemplo, na literatura e nas artes, quando os românticos valorizaram mais a imagem sensual e sedutora de Lilith, como foi representada por John Collier, no quadro exposto, pintada em 1892, em contraste à sua tradicional imagem demoníaca, nocturna, devoradora de crianças, causadora de pragas, depravação, homossexualidade e vampirismo.
Considerou que Eva e Adão cometeram adultério, na medida em que se considerava a mulher legítima de Adão e por isso amaldiçoava todas as relações ilegítimos e os frutos delas resultantes.
Corajosa e de espírito livre, foi a primeira mulher à face da terra a iniciar o movimento de libertação da mulher e a igualdade dos sexos.

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