Para que me dás brocados
Tão vistosos e pesados
Estás cansado de saber
Que o que eu gosto a valer
É dum vestido de chita.
Pode ser lisa ou com flores
Pode ter uma ou mais cores
Com riscas ou com quadrados
Pode ter rendas ou bordados
Em cima da pura chita.
Faz-me dela saia rodada
Só franzida ou pregueada
Pode cheirar a terra ou mar
Erva acabada de cortar
Na simplicidade da chita.
A condizer com o vestido
Bem feito e colorido
Põe-me um laço no cabelo
Para que nele possas vê-lo
O meu coração de chita.
Com chita serei seara
Livre ao vento se agita
Serei o mar ondulado
Serei bailarina e bailado
A esvoaçar como a chita.
Que de chita sou eu tecida
Da que o povo um dia vestiu
Daquela que livre e erguida
Em Abril um dia floriu
Craveiros simples de chita.
Acerca de mim

- Adelaide Monteiro
- Sintra/Miranda do Douro, Portugal
- Gosto de pintar,de escrever e de fazer trabalhos manuais.Sou simples e verdadeira. Tenho que pôr paixão naquilo que faço, caso contrário fico com tédio. Ensinar, foi para mim uma paixão; escrever e pintar, continua a sê-lo. Sou sensível e sofro com as injustiças do Mundo. A minha primeira língua foi o Mirandês. Escrevo nessa língua no blog da minha aldeia Especiosa em, http://especiosameuamor.blogspot.com em Cachoneira de Letras de la Speciosa e no Froles mirandesas.
sábado, 6 de março de 2010
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